06/07/2025

História de Paraíso do Tobias

A história do Paraíso do tobias vem de mais de um século e meio atrás, quando, em 1842 o mineiro José ferreira Brandão comprou, pela importância de sete contos de réis (moeda da época). uma extensa data de terras que ia da fazenda das Três Quedas do Bonito, então pertencente a Sebastião Gomes Teixeira Jales, até a divisa de outra freguesia, no local que veio a chamar-se São Felipe.

Dois anos antes se dera a Declaração da Maioridade de D. Pedro ll (1840) e o fim das regênicas, que não lograram consolidar o regime de transição e em cuja vigência houve no país convulsões de toda ordem. Entre as convulsões do periodo regencial ( 1831-1840) podem ser destacadas: a Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul, caracterizada como movimento separatista, a Cabanagem, no Pará, violento conflito entre as classes que refletiam o ódio ao elemento português; e a Balaiada, no Maranhão. em repúdio à concentração de renda originária do regime escravocrata e a hegemonia dos senhores e dos proprietários das plantações de tabaco. Todas bradavam contra o sistema centralista consagrado pelas Regências.

O Partido Liberal tivera êxito em antecipar a maioridade de Dom Pedro ll, aos 14 anos de idade, porém só conseguiu manter-se por apenas mais um ano. Foi sucedido pelo partido Conservador, que voltou a liderar o país e criou o Conselho do estado. No mundo, dirigia a igreja católica, como papa, Gregório XVl, que pontificou de 1831 a 1846. Era este o cenário no ano em que foram lançadas as bases do futuro Paraíso do Tobias. As terras que haviam sido adquiridas por José Ferreira Brandão abrangiam todo o vale superior do Ribeirão Bonito, região então ocupada pelos índios Puris.

Mais tarde, José Ferreira Brandão cedeu, por venda ou doação. não se sabe ao certo, essa extensa gleba aos sobrinhos: Plácido Antônio de Barros que fundou a fazenda Paraíso: Francisco Bernardino de Barros (que fundou a Fazenda São Luiz, nas proximidades da localidade atualmente denominada a Areias). A Fazenda São luiz foi mais tarde vendida a Antônio de Pádua Manhães de Aquino, depois de pertencer a Arthur Ventura Ribeiro Coimbra Lopes.

Há aqui uma controvérsia histórica, uma vez que, segundo outros relatos,os irmãos Plácido, Custódio e Francisco Bernardino, sendo filhos do primeiro casamento de AntÔnio Bernardino de Barros, teriam herdado a sesmaria de terras adquirida por seu pai, pouco antes de falecer, em Santo AntÔnio de Pádua. na região que viria a chamar-se Miracema e adjacências. É possivel, assim, que os três irmãos tenham ganhado do pai as terras das três fazendas, ou que as tenham herdado do seu espólio – a essa altura partilhado também, pela última esposa de Antônio Bernardino, Silvana Charolina de Jesus, e por seu filho Josino Antônio de barros, Irmão, por parte de pai, de Plácido, Custódio e Francisco.

Ao Falecer na Fazenda das Três Ilhas, em São José do rio Preto, Minas Gerais, em 1842, Antônio Bernardino de Barros deixou com menos de um mês o seu filho Josino. Conforme desejo expresso em testamento, Josino passou a ter como tutoresos meios-irmãos Gabriel Antônio de Barros, barão de São José Del-Rei, e José Bernardino de Barros, barão de Três Ilhas, que o matricularam no famoso Colégio do Caraça, em Minas Gerais. Já rapaz, e com fina educação, Josino Antônio de Barros Foi a Miracema visitar os irmãos Plácido, Custódio e Francisco Bernardino e conhecer a região, Já então rica e próspera. Pouco depois de chegar, casou-se com dona Amélia, filha de um dos desbracadores e pioneiros da região, o coronel Joaquim de Araújo Padilha, Josino Antônio de Barros, que viria a adquirir a Fazenda da Liberdade, que futuramente seria de seus netos, elegeu-se vereador e prefeito em Pádua, além de ter sido deputado provincial (estadual) em três mandatos.

O fundador da Fazenda Paraíso, Plácido Antônio de Barros chegou a região em companhia de sua esposa Maria Cândida de moura Barros. Tiveram duas filhas. uma casou-se com Porfírio Barbosa de Castro Valente, herdeiro das terras que mais tarde viriam a se chamar Fazenda do Banco, desde que foi tomad, em 1881, pelo Banco de Crédito Real do Brasil, para pagamento de uma dívida de 34:080$750. A fazenda foi leiloada em hasta pública e, sem ter sido arrematada passou à administração de um depositário, Antônio de Souza Lima, Tradicionalmente conhecido por «Nhoquinha». Ainda muito recentemente, já em nosssa geração, a propriedade, que chegou a medir 100 alqueires geométricos, foi dividida em várias propriedades menores. A outra filha, Maria Joana de Barros Rodrigues, após a morte do pai, casou-se com o portugues Tobias Joaquim Rodrigues e permaneceu na sede da fazenda ao lado do marido, que administrava. A fazenda acabou ficando associada a Tobias, dando ao nome ao distrito de Paraíso do Tobias.

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